E reparem que eu não digo isto de ânimo leve portanto só pode mesmo ser verdade.
Podemos dizer que há todo um sub-género dedicado aos filmes de vingança-pós-violação. Na verdade, a premissa de Revenge faz-me lembrar M.F.A. no seu intuito: Jen (Matilda Lutz) é violada e quando tentam livrar-se dela, qual fénix renascida das cinzas qual quê, a miúda inicia um banho de sangue violento baseado na mais pura das vinganças.
Quem diria que uma menina tão bonita poderia causar tantos estragos, hein?
É que digo-vos: vocês simplesmente não estão preparados para isto. Tudo é explícito neste filme. Tudo se vê, tudo se corta, sangue a jorrar de todos os sítios e mais algum, e uma pessoa bate palminhas de contentamento e excitação porque Jen é uma badass do piorio. Que é como quem diz: não vou ficar a chorar sobre leite derramado e na verdade ainda me vou rir de vocês no final.
Se o meu incessante desejo por sangue é mais que satisfeito - e pese embora eu não considere que seja um filme de terror apesar de perceber que seja, talvez, o único género onde de facto se enquadre - há toda uma mulher dentro de mim a regozijar de felicidade porque estamos perante uma personagem feminina extremamente forte. E toda a gente sabe que o feminismo está em altas! Devido ao contexto social em que está inserido, Vendeta é um filme extremamente apropriado. Mas não só. Passa uma mensagem de esperança a todas aquelas que passaram pelo mesmo. Passa uma mensagem de força, onde capacitar a mulher para lidar com o trauma é o mais importante (mas bom, que o façam de uma forma mais legal).
Retenham apenas isto: vejam que não se arrependerão.
