Endings, Beginnings (2019)


Então meus pequenos, já com saudades minhas, hein? Eu sei. Eu também já tinha saudades vossas e vai daí, no meio deste pseudo-confinamento chato achei que estava na altura de voltar. 

Primeiro porque eu adoro escrever e segundo porque vocês me adoram ler. Então meio que se junta a fome com a necessidade de comer, não é verdade? Terceiro porque eu ando a ver aqui alguns filmes e séries que merecem destaque. Merecem que se fale deles, sim senhor, que isto a malta tem é que ver coisas boas e deixar a COVID de lado que isto não há paciência e a vacina está aí, mais tarde ou mais cedo é Junho e a malta já anda aí pelos Santos da vida a festejar como se não houvesse amanhã.

Mas estou-me a afastar do assunto principal. Alinhemo-nos faxabôr.

Sinto que regresso em BOM porque, na realidade, eu vi este filme na semana passada (passou no TVC Top) e deu-se-me uma vontade de vos falar sobre ele. Agradeçam ao senhor ou senhora responsável pela programação e a todo um congeminar de eventos que me fez alapar o rabiosque no sofá a um Domingo à noite (porque, percebem, a minha vida social anda mexidíssima - #sqn) pois foi este Endings, Beginnings que me ressuscitou a vontade de levantar este blog.

A primeira vez que me deparei com Shailene Woodley foi numa série bizarra e esgroviada chamada The Secret Life of the American Teenager que era uma coisa muito esquisita mas que, de alguma forma, me manteve agarrada por mais tempo que o esperado. Achava-a um pouco sem graça, nem sabia distinguir a atriz da personagem e eis que volto a vê-la no seu esplendor na trilogia Divergente. Foi assim um abre-olhos mesmo grande porque de repente ela já não era mais uma adolescente insonsa e perdida da vida. De repente era uma heroína. E gostei dela. 

Portanto foi com alegre surpresa que a vi protagonizar este filmaço o qual gostei imenso e que tem tanto de reflexivo como de encantador. Daphne terminou a sua relação com Adrian (Matthew Gray Gubler) e refugia-se na casa da sua irmã para descobrir-se um pouco melhor. Ela julga-se um caos, perdida que só ela e com as emoções à flor da pele (quem nunca). Na noite de passagem de ano, no meio da sua depressão, ela conhece Jack (Jamie Dornan) e Frank (Sebastian Stan). Sem que ela estivesse à espera ou previsse, estes dois jovens entram na sua jornada de auto-conhecimento e revelam nela dois lados opostos os quais ela se decide a explorar.

O que me cativou neste filme, para além da história ser way too relatable, foi a forma como o diretor Drake Doremus capturou todos os momentos da vida de Daphne e os expôs de forma tão familiar, romântica, encantadora (estou-me a repetir, eu sei) e bela. Porque a verdade é que a forma como a história é retratada e projetada para o ecrã está qualquer coisa de espetacular. Sentimo-nos embrenhados, tal e qual como se de uma amiga nossa se tratasse. Depois, quem é que não simpatiza com uma jovem problemática no auge da sua juventude a tentar perceber quem ela é, ao mesmo tempo que se vê imersa na resolução dos seus conflitos interiores? Errr, impossível não nos identificarmos um pouco com ela (nem que seja no bom gosto porque Jack e Frank são gostosos que dói, né vida?!).

Durante 110 minutos mergulhamos no universo de Daphne, na luta pela conquista da sua identidade, e também da sua própria vida, à medida que os dois homens a metem à prova com os seus diferentes modos de estar e ser e, consequentemente, objetivos a longo prazo. Misturem tudo isto com uma banda sonora impecável e têm um excelente resultado garantido (e prometo que o final não é cliché). Se quisermos ir mais longe, temos até material que nos permite reflectir um pouco sobre a nossa própria vida e o que estamos a fazer com a mesma, sendo que quero ressalvar a importância de um processo de auto-desenvolvimento, o mesmo com o qual a personagem principal se comprometeu e é transversal ao longo de toda a história.

Eu acabei de ver este filme e fiquei com o meu coraçãozinho quentinho pois é profundamente comovente e humano. Senti-me cativada desde o início e parte de mim acha que se tornou melhor pessoa só de o ver. Ide ver, juventude, ide! Não se arrependerão.

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