Alita: Battle Angel | Alita: Anjo de Combate (2019)

Com uma produção de 200 milhões de dólares, a realização de Robert Rodriguez e com James Cameron na escrita do argumento, e ainda um elenco de luxo (Christoph Waltz, Jennifer Connelly, Mahershala Ali), este Alita tem tudo para singrar no género de ficção científica. Só que tal êxito fica pela metade pois não há nada de inovador neste filme.

Eu sei. Eu não vos queria desiludir e não vos quero retirar a experiência de irem ver Alita ao cinema. Na verdade os gráficos estão espetaculares, claro, e o que fizeram com o rosto de Rosa Salazar (Alita) é qualquer coisa de incrível e ninguém dá mais de 16 anos à moça (que, na realidade, a senhora já tem 33) mas mesmo a história (baseada no mangá de Yukito Kishiro) de mais de 2 horas padece de um pouco mais de profundidade. 

O Dr. Dyson Ido, nas suas viagens aos escombros, encontra uma parte de cima de um cyborg e decide dar-lhe um corpo, na esperança de reconstituir a vida desta que será Alita. A coisa dá bom resultado e parece preencher a lacuna do coração do médico que perdeu a sua filha, em conjunto com a ex-mulher Chiren (Connelly). Ninguém tem a noção que esta Alita era uma super-guerreira antes d'A Queda ter acontecido e o mundo como nós o conhecemos estar um pouco caótico. A controlar tudo o que se passa, está Vector (Ali), o verdadeiro mau da fita, que controla um jogo, Motorball, onde Alita também estará envolvida. Tal como referido, a falta de profundidade poderá ser causada pela necessidade de condensar uma história tão grande e desenvolvida numa peça de duas horas.

Assim, se eu pudesse sintetizar este filme diria que é giro, entretém, os espectadores passam um bom bocado sem qualquer tipo de dúvida mas não acrescenta nada de novo ao que já foi feito. Além disso, toda a personagem de Vector tem, a meu ver, uma falta de impacto gritante, a química entre Waltz e Connelly é nula e todo o romance que surge entre a personagem principal e Hugo (Keean Johnson) é precipitado e mal conduzido. Em todo o caso, como fã do género, acho que merecerá uma oportunidade sem grandes expectativas.

Nota final: 2.5/5