Serenity | Serenidade (2018)


Vou-vos ser honesta: eu não percebi muito bem o que se passou neste filme. Aliás, sinto que, na verdade, anda tudo a navegar um pouco na maionese de acordo com as críticas que li. É claro que uns dizem que Serenity é brilhante. Consigo compreender porque o acham: há ali um twist final que uma pessoa não só não está à espera como fica completamente perdida no argumento. Tudo o que achávamos que era, afinal já não é. E isto tem o seu quê de interessante. Se bem feito, claro.

Baker Dill (Matthew McConaughey) vive uma vida pacata numa pequena ilha nas Caraíbas quando vê a sua vida levar uma reviravolta com um pedido da sua ex-mulher, Karen (Anne Hathaway). Esta pede-lhe ajuda em livrar-se do seu marido violento o qual Dill recusa. Entretanto, tudo começa a adquirir uns contornos diferentes que nos coloca no mesmo patamar que a personagem principal: de repente, tudo é confuso e já não sabemos muito bem o que é real ou não.

Realizado e escrito por Steven Knight, Serenity parece-me querer adquirir uns contornos a là Black Mirror só que há algo que falha. Sinto que não é dada uma explicação tão clara quanto desejava. Aliás, para isso poderão recorrer a explicações online do filme que, já agora, trazem uma clareza muito grande sobre tudo o que por aqui se passou. Na verdade, é engraçado como após ler a explicação o que me passou pela cabeça foi "ah, então foi isto que eu vi?!". A interpretação da obra é sempre subjetiva mas não deixa de ser desconcertante a existência de uma desconexão tão grande entre realizador e audiência.


Nota final: 2/5


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