Aquaman (2018)


Vou-vos confessar uma coisa que talvez os mais atentos já saibam: eu não sou nada fã da DC. Eu sou menina da Marvel porque acho que os super-heróis estão bastante bem mais concebidos. Na DC, a impressão que os filmes me dão é que todos os heróis são bons em tudo (excepto o Batman que apenas é rico, vá). Então a modos que o universo da DC não precisava de ter tanta personagem diferente podendo até cingir-se apenas ao Superman. Mas esta informação foi-me complementada por um amigo nerd decente: nas BDs, as personagens estão mais separadas entre as suas características e, portanto, a sua existência faz sentido. O que, sendo assim, apenas me faz assumir que os realizadores de jeito andam todos a escolher a Marvel para trabalhar (nem estou surpreendida).

Mas isto tudo para dizer que este Aquaman é definitivamente distinto de todos os outros super-heróis, podendo acrescentar que até de ambos os universos, destacando-se de todos os da sua casa mãe. Portanto, um filme apenas focado nele fez-me todo o sentido, mais não seja para oferecer um pano de fundo mais completo a todos aqueles que, como eu, não lêem banda desenhada e se deixam ficar apenas pelo que os filmes nos contam.

E eu que não sabia de nada deste personagem, ficando-me apenas por um subtil gozo a este "homem-peixe", a modos que fiquei conquistada e criei uma certa concorrência com o meu querido Iron Man. Queria apenas esclarecer que tal obviamente não tem nada a ver com o facto do Jason Momoa ser, certamente, um dos homens mais sexys à face deste planeta.

Aquaman, ou Arthur no mundo da "superfície", é uma espectacular fusão entre um ser humano, Tom (Temuera Morrison) e a rainha de Atlântida, Atlanna (Nicole Kidman). Ao longo do seu crescimento, ele foi recebendo um treino intensivo de luta/natação/todas-as-outras-capacidades-imprescindíveis-para-ser-o-Aquaman por parte de Vulko (Willem Dafoe). Só que Arthur só quer viver a sua vida em paz na terra e não quer nada com a sua parte aquática, uma vez que Atlântida foi responsável pela morte da sua mãe. Infelizmente, tal distanciamento não é possível uma vez que Mera (Amber Heard) lhe explica que o seu meio-irmão, o Rei Orm (Patrick Wilson), quer iniciar uma guerra com os seres da superfície. Portanto, a modos que Arthur se vê numa aventura para a impedir. Como esperado, tal não se afigura propriamente fácil.

Ora bem, primeiro que tudo, tenho a apontar que os detalhes dos cenários que são bastante bonitos e especialmente os criados em computador cuja experiência IMAX permite um maior aproveitamento dos mesmos. Mas mais que isso, James Wan (famoso por se ver metido em filmes de terror de jeito as in The Conjuring e Insidious e, já agora, por ter escrito o primeiro Saw) estreia-se no mundo dos super-heróis e devo dizer que com uma pinta do caraças. Gostei muito da forma que Wan escolheu para filmar as cenas de luta, dando toda uma panorâmica à cena muito interessante, brincando também com o espectador no que toca a todo o poderio e sexyness do nosso jovem protagonista (ninguém o vai negar, pois não?). O que não falta são planos específicos a captarem uma essência mais perigosa de Aquaman ou então para demonstrarem o seu impressionante físico (para o qual o ator trabalhou afincadamente com um PT).

Resumindo e baralhando: eu gosto imenso de filmes de super-heróis e quem seja como eu vai por certo gostar bastante deste capítulo dos filmes do universo DC. É sem dúvida bastante entertaining e as suas mais de duas horas passam num instante. Aquaman é, sem dúvida, o filme mais ambicioso da DC e, pessoalmente, o mais bem conseguido até agora.


Nota final: 5/5


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