Anna (Bel Powley, uma atriz claramente em ascensão) passou a sua infância confinada a um espaço num sótão porque o seu pai (Brad Dourif) lhe semeou a ideia da existência de um monstro que come crianças, o Wildling.
Após uma tragédia, Anna acaba no mundo real e resgatada pela xerife Ellen Cooper (Live Tyler) onde, de repente, é introduzida a todo o mundo da adolescência. Mas Anna é esquisita, tem uma força extraordinária e a modos que não se sabe comportar de forma civilizada. Não que a possamos julgar. O resto da história fica por contar uma vez que o seu desenrolar é para lá de interessante e adquire contornos tão rocambolescos e ao mesmo tempo sobrenaturais que nem com o melhor esforço eu me conseguiria explicar de forma conveniente.
O que é que isto nos dá? Bom, um filme interessante por certo mas com algumas dificuldades a nível de argumento já que, pessoalmente, senti mais que a história descambava apesar de oferecer uma trajetória surpreendente para os espectadores.
A nível de imagem, esta obra destaca-se com cenários gravados em Nova Iorque apesar de parecerem tirados de outro sítio qualquer, oferecendo um certo nível de baixa familiaridade também ela sentida pela nossa personagem principal, dando-nos oportunidade de empatizar com Anna.
Wildling é um filme que vale a pena mais não seja pela sua atitude e história macabra bastante diferente daquilo que nos é oferecido a nível de terror.
