Estamos na época natalícia e obviamente que não há altura melhor que esta para lançar uma versão animada desta famosa personagem, o Grinch.
Muito resumidamente - e de forma nada surpreendente - a história gira à volta do facto de Grinch odiar o Natal e como vive ao pé de uma aldeia que vive para este acontecimento, decide estragar os planos aos seus habitantes. E apesar desta história parecer inicialmente anti-Natal (na verdade era disso que eu estava à espera), Grinch acaba por recair mais para o lado fofinho e queridinho. Baseado em experiências do seu passado, esta personagem acaba por adoptar uma atitude absolutamente nada festiva e no decorrer do filme é-nos dadas cenas onde regredimos aos seus anos infantis, dando-nos um background explicativo do mindset de Grinch.
Esta obra começa por ser bastante engraçada, caindo num estado de fofura que acaba por arruinar um pouco a vibe do filme, isto, claro, vendo de uma perspetiva mais adulta e não tendo em consideração o target infantil. Eu estava à espera de algo mais mordaz, acabando por me desiludir um pouco nesse sentido. Contudo, há que ter em conta o contexto e o público, transmitindo os ideais da história de Dr. Seuss, onde é dada a devida importância ao amor, generosidade e empatia como significativos para o Natal.
Quem dá a voz à personagem é Benedict Cumberbatch e confesso que foi algo difícil de encaixá-la na imagem deste Grinch, uma vez que estava à espera de uma maior malícia ou uma certa brusquidão no seu tom, algo que faltou ao ator. A narrar a história, e com bastante jeito para a coisa, temos Pharrel Williams. Já agora, se estão à espera de músicas natalícias ao longo do filme, esqueçam. Há uma clara aposta no rap que, surpreendentemente, funciona.
