Lizzie conta-nos a história real de Lizzie Borden que foi acusada de ter matado à machadada o seu pai e a sua madrasta em 1892.
Lizzie (Chloë Sevigny) não se dá bem com o seu pai, que a trata como um fardo e aberração, e muito menos com a sua madrasta, a quem oferece o seu maior desprezo. Após a chegada de uma empregada doméstica irlandesa, Bridget (Kristen Stewart), as coisas parecem mudar para Lizzie e especialmente no que toca à aceitação/exploração da sua sexualidade.
Apesar da história interessante, Lizzie não deixa de ser uma biografia com uma cadência algo lenta, podendo fazer com que os espectadores se entregam um pouco aos prazeres do sono. No entanto, como dito, é de facto bastante apelativa e se, como eu, gostarem destas narrativas baseadas na realidade, com certeza vão gostar desta experiência.
Mas, claro, nem tudo é perfeito e eu tenho mesmo que embirrar com Kristen porque ela é sem dúvida uma das piores atrizes de sempre. Kristen está sempre com a mesma expressão, não se sabe muito bem se ela é capaz de um sorriso genuíno - ou qualquer outra emoção que nos valha-, e hão-de reparar que ela é incapaz de dizer uma fala sem acenar avidamente a sua cabeça. Foi assim na saga Twilight, foi assim em Personal Shopper, é em Lizzie e continuará a ser enquanto alguém achar que ela é digna de trabalho na área. Mas bom, confesso que já a vi bem pior e quando não se tem expectativas para alguém, essa pessoa já não é capaz de nos desiludir, certo?
De uma forma geral, pressinto que Lizzie será um filme que passará despercebido à maior parte das pessoas apesar de valer a pena não só pela narrativa, mas também pela forma como está construída e como as personagens são exploradas.
