CineFiesta'18: Amar (2017)


María Pedraza é neste momento uma das jovens actrizes a mudar o mundo. Com apenas 22 anos, a actriz já tem no seu currículo duas séries das séries mais vistas internacionalmente na Netflix, com La Casa de Papel e o recentemente lançado Élite, como também faz a sua estreia no cinema, em Amar de Esteban Crespo, que também estreia-se nas longas-metragens.

Baseada na curta-metragem homónima de 2005, também de Crespo, Amar conta-nos a história de Laura (María Pedraza) e Carlos (Pol Monen), dois jovens que estão perdidos no amor um pelo outro, não deixando que nada nem ninguém impeça-lhes de prosseguirem com os seus sonhos de eterna felicidade.

É com amor que vemos Laura e Carlos a explorarem a influência que está em torno deles, sobretudo amigos e família, como também a sua sexualidade como casal. Estamos de facto perante duas pessoas que parece que se amam incondicionalmente, mas claro que como podem calcular também têm os seus altos e baixos. Nem tudo é fácil; ambos têm objectivos de vida algo diferentes muito por causa da família de onde vêm: Laura é filha de uma divorciada de classe-média, enquanto que Carlos vem de uma família rica, ainda que o seu objectivo de vida seja de se afastar de tudo isso.


Enquanto que Pedraza e Monen são o típico casal de escola moderno, constantemente a trocarem mensagens e a sonhar com um futuro brilhante, os obstáculos que testam o seu relacionamento são das mais normais possível, havendo aqui uma naturalidade em como o filme encara a vida destes dois. É com a mesma mentalidade de A Vida de Adele que Amar faz o seu percurso em mostrar as variáveis do amor jovem, onde notamos realmente que María Pedraza tem, por mero acaso, algumas semelhanças que a  francesa Adèle Exarchopoulos.

São vários as vezes em que o amor dos dois é contagiante, sendo estas personagens construídas de uma forma incrível. A isto se junta uma cinematografia perfeitamente inconsistente, acompanhando os momentos bons e maus da sua relação, feita de forma quase poética e um sentimento familiar por detrás das suas intenções.


Com isto, Esteban Crespo expande para além da recriação da sua curta-metragem original, sendo Amar um coming-of-age romântico, que retrata de forma relativamente fiel como o amor entre a juventude é vista, onde os problemas comuns das relações são resolvidos à medida que a experiência de vida é criada. Só assim se poderá ser verdadeiramente feliz.


Nota Final: 3.5/5

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