Bohemian Rhapsody (2018)


Quando Freddie Mercury faleceu em 1991, devido a complicações de saúde causados pelo VIH, perdeu-se um verdadeiro ícone que, apesar de tudo, nunca teve receio em mostrar a personalidade a toda a gente. Deixou para trás o que é o legado dos Queen e, ao fim de praticamente 8 anos em desenvolvimento, Bohemian Rhapsody chega até nós para nos deixar levar pela história de um dos maiores grupos do planeta.

Começamos ainda quando Mercury (Rami Malek) era funcionário no aeroporto de Heathrow, onde era responsável pelas malas dos passageiros, onde pouco depois conheceu Brian May (Gwilym Lee) e Roger Taylor (Ben Hardy), ao qual John Deacon (Joseph Mazzello) se juntoU para a formação dos Queen.

Vemos vários momentos-chave da carreira da banda, desde dos seus primeiros concertos em pubs e o seu crescimento em popularidade. É aqui que as coisas se tornam um pouco mais categorizadas, já que o filme prefere ir abordando temas específicos do que propriamente álbuns, pois na altura dos seus lançamentos, os Queen nunca foram populares junto aos críticos, tendo antes atraído as massas e enchendo os vários locais com espectáculos inesquecíveis.


Tendo Sasha Baron Cohen saído a meio da produção, devido a diferenças criativas com Brian May e Roger Taylor, coube a Rami Malek ser e respirar Freddie Mercury, algo que ele faz e muito, muito bem. Naturalmente a captação dE um artista com uma excentricidade específica é impossível recriar a 100%, mas Malek faz para ser o mais perfeito possível, mostrando o que provavelmente será um papel que irá ficar marcado para a vida.

Entretanto, Gwilym Lee é provavelmente um clone de Brian May, enquanto que Ben Hardy e Joseph Mazzello estão suficientemente próximos para serem a melhor banda de tributo dos Queen alguma vez constituída.

No entanto, o filme não é perfeito em vários aspectos. Primeiramente, iremos pôr de lado a precisão dos anos dos acontecimentos, visto que a produção supervisionada por May e Taylor autorizou essas ligeiras mudanças que em nada contribuem para a história do filme (que não é um documentário, diga-se). Em várias instâncias do filme, o próprio não sabe se se há de focar nos Queen como um grupo, ou apenas em Mercury e nas suas decisões de vida, mostrando alguma desfoco. 

Mas tudo acaba por fechar o círculo no fim do filme com uma recriação parcial do concerto de 1985 do Live Aid, um concerto marcado pela banda saber do estado de saúde de Mercury, enquanto que esse foi um segredo guardado ao público durante vários anos. Sendo o que me parece a melhor parte do filme, não há forma de não ficar indiferente à actuação.


Assim, Bohemian Rhapsody traz finalmente ao grande ecrã o tão esperado biopic de um grupo que sempre foi contra a maré, inovando disco após disco e conquistando o mundo com os seus temas icónicos e o seu vocalista capaz de entusiasmar qualquer multidão. Precisamos de mais filmes assim!


Nota Final: 3.5/5



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