A Star is Born | Assim Nasce uma Estrela (2018)


Bradley Cooper estreia-se na realização ao mesmo tempo que, ao lado de Lady Gaga, protagoniza um filme já favorito aos Óscares 2019. A Star is Born estreou a 30 de Agosto no Festival Internacional de Cinema de Veneza e recebeu uma ovação de pé que durou oito minutos. Portanto... Promete, certo?


Jackson Maine (Cooper) é um artista famoso com os seus demónios pessoais refugiados num grave problema de adição. Conhece Ally (Gaga) por acaso, porque queria um bar aberto onde pudesse beber e, por acaso, a moça estava lá a cantar. Foi assim uma coisa muito rápida, todo o interesse despoletado entre ambos. O certo é que a coisa resultou e a relação deles mergulha em ambos os estados: profissional e pessoal. 

O que eu mais gosto neste filme, para além das prestações, pese embora devido à sua doença (fibromialgia) Gaga esteja com um excesso de botox que não lhe permite dar uma autenticidade à personagem que, de outra forma, seria possível, é o facto da história ser mais complexa do que aparenta ser. E isso automaticamente acrescenta conteúdo o que, nos dias que correm, é quase que raro nas obras que nos chegam ao grande ecrã.

A crítica internacional tem tecido bons elogios e a verdade é que estes dois têm mesmo uma grande química que, segundo ambos, foi automática e surgiu quando o ator cantou pela primeira vez ao piano na casa da cantora. Acreditem ou não, Cooper não soa nada mal ao microfone e Gaga é aquele talento que já toda a gente conhece (ou devia).

Assim, de forma muito pouco surpreendente (por ser expectável), A Star is Born é um filme que vale muito a pena e que toca em diversos pontos (pessoalmente gostei muito da transformação de Ally à medida que ela se intrusa cada vez mais na indústria musical), juntando a músicas bem interpretadas e, sobretudo, bem escritas (curiosamente todas elas foram gravadas ao vivo - a pedido da cantora - durante o festival Coachella onde a mesma foi cabeça de cartaz).


Nota final: 4/5

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