Baseado na obra de Elvis Peeters, Wij é um filme explícito sobre um grupo de adolescentes completamente tresloucados e sem noção de limites que se envolvem num esquema envolvendo prostituição e chantagem.
Wij é uma obra dividida em quatro partes, oferecendo quatro visões diferentes de quatro membros pertencentes ao grupo. Vão-se explorando motivações, medos, a excitação, de quatro pessoas que se envolvem com aparentes objetivos diferentes.
Não acho que Wij seja um retrato por demais fiel à geração que pinta - ou talvez seja e isso é assustador - mas há já coisas presentes nos mais novos que podemos identificar: a necessidade de constante novidade na vida deles, a o dinheiro, a fama, o poder, a impulsividade e, mias uma vez, a falta de noção da realidade. Wij acaba por ser um filme cujo objetivo é pararmos e reflectirmos na sociedade para a qual caminhos, talvez servindo um pouco de alerta. Fez-me lembrar a obra de Francisco Salgueiro, O Fim da Inocência, porque garanto-vos que de inocentes estes meninos não têm nada.
Apesar de não ser um filme de terror, e apesar das copiosas cenas de sexo explícitas, no final somos confrontados com a possibilidade desta história ser uma história de vingança (mas mais não digo!) o que não deixa de ser um elemento interessante no meio de um argumento por vezes demasiado surpreendente e chocante.
