MOTELX, o rescaldo - parte 1

Pledge


Não sei quanto a vocês mas atendendo ao facto desta coisa das fraternidades serem um produto tipicamente americano, como de nada parecido existe na tradição académica em Portugal, por esse motivo nutre em mim um certo fascínio e curiosidade.

Um grupo de três estudantes quer muito pertencer a algum lado mas nenhuma fraternidade parece estar disposta a aceitar este inusitado trio. Até que uma rapariga extraordinariamente bonita lhes diz para irem ter com ela a esta festa exclusiva. Sem nada a perder, e após mais algumas rejeições, lá se decidem dar uma última oportunidade à coisa.

Escusado será dizer que após uma noite regada a drogas, música e uns comilanços pelo meio, eles ficam mais que convencidos que aquela fraternidade é um máximo e, surpresa!, os donos da casa convidam-nos a voltarem no dia a seguir para começarem as "provas" para pertencerem ao grupo. Escusado será dizer que não era bem aquilo que eles estavam à espera...

Pledge é um filme extremamente entertaining, com uns twists interessantes, conjuga o terror e a comédia de uma forma bem pensada e equilibrada e com um final bastante satisfatório para todo o argumento. Foi, sem dúvida, dos que mais gostei de ver.


The Ranger


Quando dois adolescentes fazem asneira, decidem ir para a casa nas montanhas de Chelsea (Chloe Levine) até que as coisas acalmem. Só que aquilo que eles pensavam ser um retiro pacífico acaba num banho de sangue e violência gratuita com algumas viagens pelo passado por parte da nossa protagonista.

O que podem esperar deste filme: sangue, uma personagem feminina badass (de alguma forma fez-me lembrar o Revenge) e um guarda florestal completamente sádico. 

Apesar de ser um filme bastante próprio e com um argumento até não muito mau, o que mais me custou na sua visualização foi o facto de eu querer levá-lo a sério e mais de 90% dos espectadores se estarem a rir. Não sei se sou só eu mas no ato de ir ao cinema, o que mais estraga tudo são mesmo as pessoas. Uma pessoa quer levar um filme de terror a sério e no meio de tantas gargalhadas (o que, a meu ver, acaba por desrespeitar o seu propósito) acaba por se distrair. Suponho, assim, que The Ranger seja muito melhor do que aquilo que me pareceu.


Gonjiam: Haunted Asylum


Meus caros, se vocês querem um filme de terror a sério, e sem dúvida dos melhores que já vi em 26 anos de vida, Gonjiam: Haunted Asylum é para vocês. Porque toda a gente sabe que se há algo em que os coreanos são bons é na produção de filmes de terror.

Um grupo de corajosos decide ir àquele que foi eleito pela CNN um dos 7 sítios mais assustadores do mundo. Reza a história que o diretor do hospital era mentalmente insano e mantinha os seus pacientes prisioneiros do edifício. Portanto, as histórias de fantasmas são mais que reais e partiu-se deste pressuposto para o argumento do filme.

Gonjiam está extremamente bem filmado e, aliás, todo o seu conceito faz com que nos remeta um bocadinho para o primeiro Paranormal Activity. O que a audiência vê é aquilo que as personagens vêem através das câmaras que elas ou os colegas estão a usar, portanto sentimo-nos parte desta equipa de investigação. 

A mais valia da obra são mesmo os momentos de terror e de tensão. Não se limitam a jump scares (tipicamente usados no terror americano que, aparentemente, lhes serve de ressalva para categorizarem a totalidade dos seus filmes como "terror") e há um crescendo de medo que está muito bem construído e que dá cabo dos nervos de qualquer um.

Por isso, aos fãs do género, façam um favor a vocês mesmo: vejam e depois digam-me se eu não tinha razão.

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