Final Score | Golpe Final (2018)


Em Portugal temos três F's: Fátima, Fado e Futebol. Em Golpe Final só há um F, o de futebol, e só isso o torna 1/3 português.

Antes de vos explicar a premissa deste filme, quero que percebam a história de como o mesmo teve a sua produção aprovada: desde 1904, o Boleyn Ground foi a casa da equipa de futebol West Ham United. Em 2016, foi demolido depois de ter sido decidido que a equipa se iria mudar para o Olympic Stadium de Londres. Sendo assim, houve carta branca para que o realizador Scott Mann pudesse aproveita a oportunidade para criar cenas reais sem recursos a efeitos feitos num computador.



Foi nesta base que este Assalto ao... Estádio de Futebol foi criado, liderado por Michael Knox (Dave Bautista), um ex-soldado que apenas queria fazer um bom gesto para a família do seu compatriota falecido ao levar a filha ao último jogo de sempre naquele local. Knox vê-se numa situação complicada quando o estádio é invadido por revolucionários à procura de um homem que achavam morto. O que se segue são muitos tiroteios, cenas de porrada com recurso criativo a utensílios de cozinha e diálogos carregados de testosterona tal como é suposto.

Mas Golpe Final não é um filme mau, muito pelo contrário. Ainda que faça uso de todos os elementos fundamentais de um filme de acção, este encara isso como uma coisa positiva e faz disso algo ainda melhor e de uma forma em que somos capazes de apreciar todos os momentos com um bom jogo de bola como pano de fundo.



Claro que toda narrativa é previsível, mas neste caso podemos deixar passar toda a lógica, apreciando todas e quaisquer explosões, lutas e diálogos foleiros, sem ter que levar tudo muito a sério. Com isto, o Boleyn Ground ficará para a história como o estádio que teve o fim de vida mais épico de sempre. E com Bautista a provar ser um actor capaz de ser bom tanto em grandes produções como em coisas com menos orçamentos mas igualmente fixes.



Nota Final: 3/5

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