Alpha (2018)


O cão como melhor amigo do homem enquanto tema de filme. Será que resulta?

Há 20 mil anos atrás a vida era ligeiramente diferente. As pessoas estavam organizadas em tribos e falavam uns dialetos esquisitos (bom, esta parte não mudou assim tanto). Keda (Kodi Smith-McPhee) é um jovem que é abandonado pela sua tribo uma vez que após um acidente com um animal, e estando em muito mau estado, pensam que o moço morreu e "continuemos nós na nossa aventura". É claro que estou a tentar aligeirar o ambiente porque a cena é até bastante emotiva apesar de vos garantir que esta minha descrição é até bastante precisa (verão!).
Vai daí que o moço não morreu coisa nenhuma e começa uma amizade improvável com um lobo, também ele abandonado pela sua alcateia, dando o mote para toda esta obra.
Alpha tem uma cinematografia do caraças. E isto é dizer pouco. Está maravilhosamente filmado, com cenários de cortar a respiração, uma mescla entre o Canadá e a Islândia. A própria história em si gira em torno da sobrevivência, onde existem adversidades de todos os tipo, sendo a escassez de alimento e as rigorosas condições climatéricas as principais visadas.
No meio disto tudo, é vincada a importância da amizade e da família, mas também da perserverança. É sobretudo um filme de aventura que mexe com o espectador. A única coisa que não me agradou sobejamente foi mesmo o final. Toda a gente sabe o quão exigente sou nesse sentido e vai-se a ver, a experiência que estava a ser tão boa, ficou ligeiramente menos boa. Mas tenho a perfeita consciência que, no geral, as pessoas gostarão.
Para finalizar, quero congratular o nosso protagonista; o jovem ator sem dúvida que carrega a obra às costas com uma grande pinta, pese embora, em diálogos cuja língua é totalmente imperceptível para quem quer que seja, acho sempre mais difícil dar algum tipo de credibilidade ao texto pois vê-se que os atores estão demasiado concentrados em dizer as suas falas de forma correta que se esquecem que a sua linguagem corporal têm que acompanhar o que é dito. Nesse sentido, podia ter havido um trabalho mais aprofundado por parte dos atores. Mas bom, Kodi safou-se e é o que interessa.
Nota final: 3.5/5

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