Patrick | Quando Menos Esperas (2018)


Em pleno 2018 ainda se fazem filmes, comédias neste caso, com destaque principal em animais de estimação. E por momentos pensei que estivéssemos em 1995 em pleno Um Porquinho Chamado Babe. Vá-se lá saber porquê.


Patrick vem diretamente do UK o que poderia significar uma melhoria de qualidade no que toca a obras cujo propósito é fazer-nos rir. Não que se perca totalmente no seu objetivo porque uma pessoa até se ri uma ou duas vezes mas um filme cuja personagem principal é uma rapariga perdida da vida, Sarah (Beattie Edmondson), que encontra sentido na herança da avó (= cão Patrick) no final do mesmo é, bom, um cliché autêntico. 

Sarah chega a ser uma personagem extremamente esquecível porque alterna entre o ser uma jovem com muito azar na vida e com pena de si mesma, para ter alguns momentos de bravura que uma pessoa até suspira de alívio, não fosse ela ter-se esquecido de fazer alguma coisa por si mesma.

Ao longo da história, vamo-nos debruçando, assim, perante alguns aspetos da vida de Sarah, tanto a nível pessoal como a nível profissional, não esquecendo a sua incursão pelo mundo do namoro e consequentes encontros românticos.

Mas então onde se insere um cão Pug super fofinho? Bom, na verdade o filme far-se-ia sem ele mas alguém deve ter querido introduzir o elemento "querido" para, talvez, aumentar a audiência ou assim (aposto que existirão pessoas que vão ver o filme só por causa da personagem de quatro patas - o que atendendo àquele focinho é totalmente compreensível). Há ali umas gracinhas que o animal faz mas pronto é só aquilo. Não pensem que Quando Menos Esperas valerá alguma coisa só por este factor.

O ponto alto do fracasso é mesmo o final: Sarah fica de correr 5 km mas o seu esforço é tão patético que ela mal consegue correr em linha recta. Não estou a troçar de quem não tem um aparelho cardiorrespiratório apto e umas pernas musculadas que só elas - bem sabemos que eu nem 1 km a correr sou capaz - mas, sei lá, não podia simplesmente ter andado em passo acelerado? O exagero presente na cena é tão forçado que os resquícios de alguma dignidade presente no argumento se desvanece por si só.

Enfim, não é que seja mau de todo mas o mau que é já vale a pena para nos manter bem longe de si.


Nota final: 1/5

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