Papillon (2017)


35 anos depois da versão original protagonizada por Steve McQueen e Dustin Hofman, o remake desta autobiografia, um verdadeiro sucesso internacional de vendas, de Henri 'Papillon' Charriere volta aos cinemas, desta feita com Charlie Hunnam (Papillon) e Rami Malek (Dega) nos papéis principais.


A história pode ser facilmente sumariada: Papillon foi vítima de uma conspiração, é erradamente acusado de homicídio e sentenciado a perpétua numa prisão sem quaisquer tipos de condições. Lá conhece Dega e engendra um plano para escapar.

O realizador Michael Noer queria criar uma espécie de amor entre dois homens - não numa vertente homossexual, contudo - e julgo que o conseguiu. Na verdade, a amizade que os une quase que é inexplicável porque remete para um estado imediato de confiança que não teve qualquer tipo de oportunidade de ser criado. Simplesmente entregaram o seu destino às mãos um do outro. Ao longo de 134 minutos, a ação nunca pára, o ritmo está extremamente bem construído e há verdadeiros momentos de suspense daqueles que o coraçãozinho não aguenta.

Papillon é uma obra muitíssimo forte e não apenas pela história emocionante (e verdadeira, convém reforçar) que acarreta mas pela entrega dos atores aos papéis. Charlie, por sua vez, prova que é mais do que um menino bonito, e Malek está também incrível. Ambos formam um duo vencedor e bastante bem conseguido.

Como nota final, quero também destacar a cinematografia e a banda sonora que contribuíram positivamente para o produto final. Aconselho vivamente, às cegas e sem medos.


Nota final: 4/5

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