Le Ch'tite Famille | A Minha Família do Norte (2018)


Mais uma comédia francesa com o ator Dany Boon (cujo trabalho apenas conheço em Radin!) que desta vez não só protagonizou como realizou e escreveu o presente filme. Em ambos as obras, Dany trabalha com Laurence Arné cuja química entre os dois é bastante visível para o espectador.



Valentin D. (Boon) é um designer muito na moda, muito fancy pants, que trabalha em Paris ao lado da sua parceira Constance (Arné) onde ambos são bastante bem sucedidos. Até que um dia é vítima de um atropelamento que o deixa com amnésia, esquecendo-se assim do seu período enquanto empresário bem sucedido. Acontece que Valentin tem origens das quais se envergonha e as quais tenta esconder mentindo sobre esse aspeto indo longe na sua história ao afirmar que é órfão. Mas não é e quando a realidade, em conjunto com as consequências do acidente, fazem com que ele volte ao seu antigo eu, é quando as dificuldades se começam a aproximar.

Como já referido por mim, acho mais piada às comédias francesas que às americanas sendo que as segundas pecam sempre no mesmo aspeto: não têm piada. Não que A Minha Família do Norte seja a coisa mais engraçada que eu tenha visto nos últimos tempos, por certo também não poderei defender o contrário. De facto, há momentos engraçados e gosto do facto de pegarem em situações mais normais e partir desse pressuposto. Por norma, as comédias americanas são ou javardas ou cheias de palavrões ou são só estúpidas. As francesas saem desse registo salvando o género.

O que também é refrescante neste filme é a linha condutora que segue. Seria de esperar que Constance, uma mulher sofisticada e rica, perdesse o interesse no seu súbito pacóvio mas demonstrou-me que estava errada. De facto, o que acontece é todo um processo de tentativa de re-enamoramento. Neste trajeto que ambos percorrem em conjunto, acontece a respetiva descoberta enquanto casal, acabando por oferecer um aspeto romântico ao filme que o espectador com certeza não estava à espera.

Le Ch'tite Famille é uma obra levezinha, rouba-nos algumas gargalhadas e não se pode pedir muito mais quando a oferta dentro do género é bastante diminuta.


Nota final: 3/5

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