Juliet, Naked | Juliet, Nua (2018)


Baseado no romance homónimo de Nick Hornby, Juliet, Naked é uma comédia romântica que, surpreendentemente, vale a pena. Nem que seja Domingo à tarde para descontrair.


A questão toda neste filme resume-se a duas palavrinhas: Ethan Hawke. Confesso-me fã do charme do senhor. É inevitável.

Em todo o caso, a história é deveras engraçada: Annie (Rose Byrne) vive com o seu companheiro Duncan (Chris O'Dowd) que é obcecado pelo seu artista favorito, Tucker Crowe (Ethan Hawke). Só que o casal acaba por se separar e Annie, de forma totalmente aleatória, começa a trocar correspondência com o cantor devido a um comentário seu deixado no site de Duncan. Entramos, assim, no mundo do cantor, entrelaçado com os medos e esperanças de Annie e a psicose de Duncan (que lida com o assunto de forma caricata).

Parece estarmos perante um trio amoroso e de certa forma estamos mas a história está levemente concebida nesse sentido, sendo os episódios mais voltados para puxar a gargalhada que outra coisa. No entanto, sem dúvida que a nossa protagonista é uma personagem deveras explorada, especialmente em certos aspetos como o facto de estar a envelhecer, ver-se numa relação que não lhe traz qualquer tipo de satisfação, juntando ao facto do companheiro ser completamente louco pela pessoa errada (Crowe ao invés de Annie). Isso e viver numa pequena cidade inglesa à beira-mar sem grandes perspetivas quanto ao seu futuro.

Há cenas que não acrescentam nada ao filme, é verdade. Mesmo o seu carácter explicativo, concedendo-nos uma abertura na vida atribulada de Crowe, não trazem grande impacto à história, muito menos lhes é atribuída qualquer tipo de necessidade. Mas, de uma forma geral, é uma obra bem construída e que cumpre o seu papel, não sendo, de todo, uma obra-prima da qual nos recordaremos daqui a duas semanas.


Nota final: 2.5/5

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