Ant-Man and The Wasp | Homem-Formiga e a Vespa (2018)


Aqui estamos nós. Mais um filme da Marvel que uma pessoa mal tem tempo para recuperar do último Avengers - bom, bom, bom! - e já temos aqui outra coisinha com que nos entretermos.


Peyton Reed traz-nos a sequela de Ant-Man (2015) onde encontramos Scott Lang (Paul Rudd) em liberdade condicional na sua própria casa, balanceando momentos de descontração com a filha Cassie (Abby Ryder Fortson), de trabalho com Luis (Michael Peña) e de puro aborrecimento. Em contagem decrescente para a sua total liberdade, Scott vê-se arrastado para uma aventura com Vespa/Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) porque ela e o seu pai, Hank Pym (Michael Douglas) querem recuperar a repetiva mãe e mulher, Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), também ela uma vespa. Não estavam a contar, contudo, que aparecesse uma "vilã", Ava (Hannah John-Kamen), para lhes roubar toda a tecnologia que eles precisam para benefício próprio.

O final de Ant-Man and the Wasp está obrigatoriamente ligado aos acontecimentos do último Avengers e foi um dos momentos altos do filme, mais não seja porque nos deixa num limbo emocional. Nós a acharmos que íamos sair da sala de cinema descansadinhos da vida e vai dali que nos trocam as voltas e BAM!, não vai acontecer. Em todo o caso, serve não só como linha de ligação para com o Avengers como também para uma possível sequela. Nisso a Marvel sabe muito bem fazer a coisa (não contassem já com 10 anos de blockbusters bem sucedidos).

Alguém se divertiu muito a fazer este filme, mais não seja pelas visíveis trocas e baldrocas no que toca a manipulações de tamanho das personagens. O que, necessariamente, está ligada àquilo que apenas posso julgar como um trabalhão daqueles (três pontos para a equipa técnica!). 

A química entre as personagens está lá e gostei da naturalidade em todas. É também engraçado ver Michael Douglas num filme destes pois o senhor é tão sério que parece estar num qualquer processo de reverter a velhice (isso ou estou a ser uma má língua). Não que, no entanto, isso seja relevante já que simplesmente resulta. No meio de tantos talentos jovens vale sempre a pena ver um senior e especialmente quando podemos também contar com Laurence Fishburne (Dr. Bill Foster).

Ant-Man é um filme descontraído, cheio de ação e peripécias e não há um vilão por demais - às vezes tal é cansativo. Também não se prende à mesma linha narrativa de "vamos salvar o mundo" que está por demais explorada e uma pessoa bem sabe que depois de Thanos nem vale a pena ansiar por um badass pior. Esta obra é um típico produto Marvel: é divertido, entretém e garante a sobrevivência destas personagens na nossa memória, ao mesmo tempo que nos faz ansiar pela próxima história. Em termos de super-heróis, não há outra casa a saber fazer tão bem as coisas como a Marvel (sim sim, não vamos mesmo falar da DC Comics!) e isso resulta num filme que vale muito a pena ver. Os fãs gostarão sem dúvida alguma.


Nota final: 5/5

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