The Extraordinary Journey of the Fakir | A Extraordinária Viagem do Faquir (2018)


Mais um livro baseado num sucesso literário, desta feito com um título tão grande que alguém achou melhor encurtá-lo para propósitos cinematográficos. O nome original é A Extraordinária Viagem do Faquir que Ficou Fechado num Armário IKEA de Romain Puertolas, o qual assina o argumento deste filme em colaboração com Luc Bossi e o próprio realizador, Ken Scott.

Aja (Dhanush) é um miúdo cheio de carisma e super divertido que vive com a sua mãe solteira. Quando esta morre, decide levar as suas cinzas a Paris visto que a ideia de os dois passarem por lá foi construída ao longo dos anos. O mais engraçado é que o mundo de Aja ficou ainda mais colorido quando se deparou com um catálogo perdido do IKEA e assim que pôs os pés em França, o primeiro sítio onde foi foi a grande loja sueca. Decide lá passar a noite, escondido, porque tinha muito pouco dinheiro e nenhum sítio onde ficar. Adormece num armário e quando dá por si, está a ser enviado para Inglaterra no meio de tantos outros imigrantes ilegais. Como se a história não fosse mirabolante o suficiente, durante a sua passagem pelo IKEA, conheceu Marie (Erin Moriarty), uma americana a viver em Paris e por quem Aja se apaixona de imediato. Portanto... Ele está numa embrulhada de todo o tamanho. Especialmente, claro, porque tinha marcado um encontro com Marie no dia a seguir e estava noutro país.
Como disse, a história é completamente inventiva e assume contornos duvidosos no sentido em que exagera bastante toda esta "extraordinária viagem". Mas estes episódios não só se afiguram como essenciais para a construção da personagem principal, como também para alimentar o ritmo possante do filme. Sim, não estão a pensar que esta comédia é aborrecida, pois não?
Há toda a questão da imigração ilegal, da necessidade de sonhar e ser ambicioso na vida, mas também do amor que - aparentemente - move mundos. Este Faquir é uma personagem muito querida com quem é fácil de empatizar e a ação passa-se em três momentos: Aja em miúdo, o presente e a própria história narrada por ele. Sem dúvida que há um misto muito interessante das diferentes culturas em 92 minutos apesar de ser tudo tão imprevisível que poderá acontecer a audiência prender-se apenas na história ignorando os restantes detalhes.
Em todo o caso, é uma obra engraçada e que vale a pena, mas com o aviso de que a meio do filme, a coisa perde-se um pouco na maionese. Mas bom, não se esqueçam que a palavra-chave é mesmo "extraordinária".
Nota final: 3.5/5

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