Ocean's Eight (2018)
Eu sei o que estão a pensar: alguém decidiu fazer um remake - e ainda por cima feminino - da saga Ocean's. Mas mais que um mote para o movimento de igualdade de género, Ocean's Eight apresenta a sua vantagem no facto de não ser feminazi. Simplesmente é um filme com um elenco cheio de talentosas mulheres e pronto, tomem lá desta.
- Anne Hathaway que é linda de morte; os anos não passam por ela e estou à espera que surja um novo Diário da Princesa a qualquer momento;
- Helen Bonham Carter tem uma personagem discreta e mirabolante ao mesmo tempo. A atriz sabe simplesmente o que fazer e tem imensa piada pois parece fazer tudo sem grande esforço (o que é provavelmente verdade);
- Cate Blanchett: posso simplesmente ser como ela aos 49 anos?
- Sandra Bullock: se eu não puder ser como a Cate posso ao menos ser como a Sandra? Em todo o caso, a química com Cate é visível e resulta imensamente bem no ecrã.
- James Corden também aparece demonstrando a sua polivalência. Quão irónico é o facto do apresentador de televisão ser melhor a representar que alguns dos "atores" que por aí andam?
Gary Ross esforça-se por trazer o espírito dos outros filmes e isso nota-se no trabalho de câmera ou nas pequenas cenas que existem puramente para pôr o espectador a rir. No entanto, há um certo artificialismo inerente à técnica que acaba por forçar memórias que eram suposto vir ao de cima de uma forma mais suave e óbvia, simplesmente porque no decorrer da sua visualização, estaria a recordar os Ocean's anteriores. Nesse aspeto peca por excesso e a obra acaba por ter a sua essência perdida devido a pormenores inúteis.
Em termos de argumentação, não há a complexidade exibida nos anteriores e acaba por ser um crime relativamente fácil e não tão "wow!" como os outros. Em todo o caso, é uma boa celebração da Mulher, mais não seja porque são todas lindas à sua maneira - e algumas delas com um guarda-roupa de fazer inveja! Mas não vos minto: estamos perante um típico (e singelo) filme de Domingo à tarde.
Nota final: 3/5