Review | Cabaret Maxime (2018)


Há sete anos atrás havia em Lisboa uma pérola chamada Cabaret Maxime. Um dos sócios, Bruno de Almeida, experiente realizador, decidiu, assim, trazer uma história ficcionada passada neste espaço ao grande ecrã.


Em termos de história, ela parte de uma premissa bastante simples: Bennie (Michael Imperioli) gere um cabaret de uma forma muito familiar e unida mas quando a vizinhança começa a mudar, surgem complicações que o farão ter que sair da sua zona de conforto.

Ao longo de 94 minutos, as cenas que nos são apresentadas alternam entre duas condições: as que avançam com a ação e as que servem para mostrar os números dos artistas que por lá passam. Este ritmo faz com que as primeiras demorem algum tempo a avançar, o que faz com que o filme se prolongue mais do que o necessário.

Surpreendeu-me a escolha do elenco ser maioritariamente estrangeira até que me apercebi que a maior parte dos atores já trabalharam noutros projetos com o realizador. Mas eu tenho uma pergunta que considero ser pertinente: de todas as atrizes portuguesas que, com certeza, conseguem dar uma melhor perninha no Inglês, tinham mesmo que espetar com a Ana Padrão num dos papéis principais? E se a maior parte do elenco não é português porque não estenderam esse requisito à personagem de Stella?

Gostei da fotografia porque se foca num ambiente noctívago a puxar para o soturno, apesar de achar que, no geral, é um filme que não terá grande expressão nas salas de cinema. Em todo o caso, não é nada mau e tenho-me vindo a surpreender cada vez mais com o trabalho dos portugueses na sétima arte.


Nota final: 2/5

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