Review | Winchester (2018)


Em 1982, Sarah Lockwood Pardee casou-se com William Winchester, o dono da Winchester Repeating Arms Company. Ambos tiveram um filho, Annie, que morreu um mês após o seu nascimento. Aquando da morte de William, Sarah comprou a propriedade que viria a ser uma das casas mais famosas precisamente por ser uma das mais assombradas. 

Isto, claro, para quem acredita nisso.


Apesar de existirem várias teorias para o facto de Sarah ter mantido uma construção permanente da casa que comprou, a que mais predomina - e a que é explorada para o propósito do filme - é a sua capacidade de comunicar com os espíritos de quem viu a sua morte celebrada com uma das armas Winchester.

Partindo desta premissa, e estilizando-a um pouco, Helen Mirren vê-se num papel onde a sua personagem acredita que está amaldiçoada. É claro que quem não acha piada nenhuma a este facto é a administração da empresa que decide então contratar um médico, Eric Price (Jason Clarke), para analisar o seu estado de saúde mental. Para um típico académico, e ainda por cima viciado em drogas, é fácil não dar qualquer tipo de crédito às convicções de Sarah até que ele próprio começa a perceber que nem ele está a ver coisas como ela é capaz de estar mais lúcida do que qualquer pessoa julgava.

O problema dos filmes de terror americanos é que são péssimos. Nem um pontinha de medo nos é dada e a única palpitação que possa temporariamente ocorrer é porque os realizadores acharam seguro socorrem-se dos típicos jump scares. Aliando esta fraca capacidade terrorífica aos piores efeitos especiais em pleno ano de 2018, Winchester é fraquíssimo enquanto wannabe do género. Alguém que tenha orçamento para Mirren e Clarke deve ter orçamento para efeitos especiais mas se calhar precisamente por isso mesmo, pelas presenças dos ditos cujos, não foi possível fazer uma coisinha melhor neste departamento. Não que fosse servir de alguma coisa. A história por mais interessante e verídica que seja (a casa para além de existir é explorada financeiramente), está mal aproveitada. É pena. Talvez se James Wan estivesse à frente do filme o projeto teria resultado.


Nota final: 1/5

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