Review | Rampage (2018)


Dwayne Johnson é um tipo grande e já talhado para um certo tipo de papéis. Vai daí que alguém achou que ele ficaria extraordinariamente bem num filme com um gorila gigante. E um lobo. E um lagarto. 

Mas que maravilha! Só que não.


Davis Okoye (Johnson) é um primatologista cujo melhor amigo é o gorila George. Para além de inteligente, neste filme ele também adquire contornos um pouco humanos que caem no exagero. Mas este nem sequer é o maior problema do argumento. Eu diria que toda a história em si é má. Os vilões, uma dupla de irmãos protagonizados por Malin Akerman (Claire) e Jake Lacy (Brett), são responsáveis pela empresa que detém o CRISPR, uma técnica de edição genética formulada pela ex-colaboradora Kate Caldwell (Naomie Harris) que, obviamente, acabará a ajudar o bom da fita a acabar com os maus da fita. Como já perceberam, George e mais dois animais são afectados atraindo uma onda de destruição por onde passem, obrigando até à evacuação de Chicago.

Eu quero frisar que isto é uma adaptação de um videojogo e obviamente por esse mesmo factor não resulta. Francamente não há nada que agarre nem consigo conceber os 107 minutos dos quais o filme é feito. Logo de início é praticamente insuportável havendo um sensação de vergonha alheia. Tudo é forçado: as personagens, as relações entre elas e mesmo o próprio lado mau da coisa não resulta (e eu gosto imenso de vilões). A forma como se decidiu extrapolar as capacidades dos animais com a componente de edição genética é exagerada que dói e isso é perceptível nas sucessivas tentativas de os destruir, todas elas caídas em infrutíferos sucessos. E bem que tentaram toda a artilharia pesada possível e nada resultou. I mean... Claramente alguém se divertiu no caos e na destruição e a única coisa que valeu a pena foram mesmo os efeitos especiais que são muito satisfatórios.

A única personagem à qual achei piada foi a de Jeffrey Dean Morgan que interpreta Harvey Russell, um polícia texano com muita pinta (se calhar estou enviesada dos seus tempos de Sobrenatural).

Já há quem considere que é o melhor pior filme de 2018. Eu acho que entretém, não tenho dúvidas que apele à testosterona de uns quantos mas a sua qualidade enquanto obra cinematográfica não só não é questionável porque é realmente impensável.


Nota final: 1/5

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