Review | Manifesto (2015)


Sabem aqueles filmes que foram completamente pensados para agradar a uma minoria? Um nicho que se auto-proclama intelectual e que acha piada a monólogos caracterizados por não mais do que uma junção de frases ao acaso, com palavras, também elas, dispostas ao acaso para produzir nada mais nada menos que absolutamente nada?

Pois. Manifesto é isso.


Assim sendo, eu não duvido que vá haver quem vá gostar dele. É original, arrebatador e tem uma intérprete do caraças. Tem também um visual excelente e parte de um bom pressuposto. Mas 95 minutos onde 99% é um monólogo que fala apenas de arte, de como é, como deve ser, como não é, o que poderia ser, como se transformar e um enorme blá blá blá de nada, uma pessoa já só quer fugir. O que começa por ser uma boa experiência em termos cinematográficos, acaba a ser um sofrível desgosto. Uma pessoa anseia para que o filme acabe.

Cate Blanchett mostra a sua versatilidade ao interpretar 13 personagens diferentes e esse aspeto é extremamente interessante mas a enorme verborreia que dela sai faz com que o interesse na obra se perca ao fim de 20, 30 minutos. A isso devemos o seu realizador, escritor e produtor Julian Rosefeldt que devia estar sob o efeito de substâncias para produzir um conteúdo tão aborrecido e, no entanto, tão vasto. Porquê complicar uma mensagem? Nada é original. Tudo é falso. Nós sabemos isso Julian!

Sigam o meu conselho e vejam antes outra coisa. Caso optem por este filme em específico levem uma grande dose de paciência e preparem-se para uma dose mínima de entretenimento.


Nota final: 2/5

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