Review | The Forgiven / The Forgiven: Redenção (2018)


Desmond Tutu, interpretado por Forest Whitaker, foi um arcebispo da Igreja Anglicana consagrado com o Prémio Nobel da Paz em 1984 pelo seu trabalho desenvolvido na África do Sul. Este filme situa-nos em pleno pós-Apartheid, com Tutu a pertencer à Comissão da Verdade e Reconciliação, instituição esta com o objetivo de examinar os atos cometidos contra a população segregada entre Março de 1960 e Maio de 1994.


Quando Desmond recebe uma carta do prisioneiro Piet Blomfeld (Eric Bana) a pedir clemência, ele sente-se intrigado o suficiente para o ir visitar à prisão. E é aqui que começa toda uma série de conversas acerca de culpa e perdão. Mas mais do que um filme focado na questão racial e nos valores morais, temos duas outras linhas narrativas: por um lado temos uma mãe (Thandi Makhubele) desesperada por saber da filha desaparecida que pede ajuda a Tutu para resolver o caso; por outro temos a vida de Piet na cadeia e a difícil sobrevivência lá dentro, muito relacionada com o gang que lá impera. Blomfeld é o típico preso pertencente a um esquadrão de morte: racista, arrogante e displicente. É também letal e perigoso mas ainda assim há um lado desconcertantemente humano que lhe é explorado, permitindo ao público atribuir-lhe uma espécie de absolvição.

Em The Forgiven, a minha interpretação passa para lá do contexto político e social em que se vê inserido apesar da sua importância no suporte da mensagem principal do filme. Há uma alusão à necessidade de entender o poder do perdão bem como a respetiva importância nas nossas vidas.

Esta obra traz-nos duas grandes interpretações com protagonistas a revelarem o quão talentosos são apesar de Bana sobressair por demais, efetivamente, por ter um papel mais desafiante. Apesar de ter momentos um pouco parados, vale a pena, como já supra-referido, pela mensagem e pelos atores.


Nota final: 3/5

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