Review | Lady Bird (2017)


Não sei quem achou que Lady Bird era material para Óscar mas a mim não me convenceu nem um bocadinho.


E vamos lá a ver: não é que o filme não tenha a sua piada mas é facilmente esquecível e uma gigante montanha russa de emoções. Por partes: Lady Bird (Saoirse Ronan) - que raio de nome que alguém decide dar a si mesma...! - é uma típica adolescente confusa e com uma grande necessidade de crescer. Apesar do filme ser bastante focado na adolescência, é também centrado na relação que ela tem com a mãe Marion (Laurie Metcalf). A sua relação é ligeiramente trabalhosa e, diga-se de passagem, absolutamente conturbada. Na verdade, a dinâmica entre as duas é tão disfuncional que as cenas protagonizadas por ambas são as que mais frustração me trouxeram. Lady Bird é uma rebelde à procura da aprovação da mãe, algo que esta insiste em não dar. Juntando ao contexto religioso onde se vê inserida, temos aqui uma protagonista à procura de sarilhos.

Não querendo ser muito uma fan girl, a única pessoa que gostei de ver no filme foi mesmo o Timothée (Kyle Scheible) embora a sua personagem seja um misto de despreocupação e douchebag. Não quero tirar qualquer tipo de mérito ao elenco pois Saoirse é absolutamente talentosa mas a história é um pouco banal. Uma rapariga que quer sair de Sacramento e ir estudar para fora da alçada dos pais. Hummm, que coisa tão merecedora de uma nomeação ao Óscar! 

Lady Bird é um filme que capta bem a bipolaridade sentida na adolescência, um período da vida especialmente complicado, mas cai em exageros e sinto que isso pode ser uma potencial causa para um possível desligamento da história. Todos tivemos os nossos momentos existencialistas, é certo, mas há qualquer coisa nesta obra que simplesmente me fez pô-la rapidamente para trás das costas. É giro, vê-se, mas falta-lhe substância. A história é mundana, a personagem principal é particularmente irritante e não consegui simpatizar nem um pouco com aquela mãe.

Vão por mim: há coisas mais interessantes nas salas de cinema para ver.


Nota final: 2/5

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