Review | Hostiles (2017)


Atendendo às estreias desta semana, devo dizer que Hostis é o melhor filme da mesma, senão do mês.


Estamos em 1892, numa luta de territórios entre os nativos indígenas e o povo americano que lhes roubaram as terras. Bale é o Capitão Joseph Blocker a quem é pedido que leve o Chefe Yellow Hawk (Wes Studi) e a sua família ao Vale dos Ursos no Montana. Começa, primeiro, por recusar uma vez que ambos são inimigos mortais um do outro. Ambos derramaram bastante sangue dos respetivos parceiros de luta. Há, portanto, muita raiva acumulada. Mas quando o seu superior lhe ameaça a sua pensão de reforma, Blocker é praticamente obrigado a aceitar. Paralelamente, somos introduzidos à família Quaid que muito rapidamente morre (é a cena inicial e bastante agressiva muito em género de contextualizar a época onde o filme se passa). A única sobrevivente é Rosalie (Rosamund Pike) com quem a personagem de Bale se cruza e acabam, assim, por cruzar os seus caminhos.

Esta obra é extremamente rica do ponto de vista histórico mas mais ainda a nível desenvolvimento pessoal que as personagens sofrem e que que é amplamente explorado. Podemos também falar das interpretações mas com Bale e Pike torna-se retórico falar disso. Mas, claro, o filme não é apenas composto por estes dois atores. Não se preocupem, contudo. Em termos de elenco não há falhas a não ser o facto da personagem de Timothée Chalamet morrer tão cedo (sim, ele entra e fala em francês! - fangirl alert).

Hostis é uma obra impecável. Infelizmente é extremamente agressiva mas atendendo ao que ainda se passa nos dias de hoje é, também, necessária. E este seu aspeto cru que impressiona é o mesmo que fará despertar consciências. A realização e a fotografia cumprem muito bem o seu papel e inserem-nos de tal maneira no filme que é impossível, enquanto espectadores, não sentir um pouco das emoções que nos querem fazer passar.

Vão ver sem medos e agradeçam-me depois.


Nota final: 5/5

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