Review | I, Tonya (2017)

I, Tonya é um drama biográfico sobre Tonya Harding, uma patinadora artística que ficou imensamente conhecida nos EUA tanto pelos bons como pelos maus motivos.

Tonya (Margot Robbie) nunca teve a vida facilitada. Desde a sua relação excepcionalmente conturbada com a mãe, LaVona Golden (Allison Janney), à relação abusadora com o namorado/marido Jeff Gillooly (Sebastian Stan), juntando o seu temperamento demasiado agressivo, Harding não é propriamente idealizada como a pessoa mais simpática deste mundo. Mas a sua paixão pela patinagem artística, o seu desejo de ser a melhor e as longas horas de dedicação à modalidade, fizeram com que se tornasse na primeira mulher americana a realizar o salto triplo axel em competições. Foi aos Jogos Olímpicos duas vezes e ainda se consagrou como campeã no Campeonato Nacional Americano. Se por um lado a sua carreira estava nos píncaros, a sua vida pessoal encontrava-se no extremo oposto. Não nos esqueçamos também do escândalo onde se viu envolvida: Jeff aliou-se ao seu amigo Shawn (Paul Walter Hauser) e os dois trataram de um ataque para impedirem Nancy Kerrigan (rival de Tonya) de participar nos campeonatos mundiais. O frenesim nos media não se fez esperar.

I, Tonya é um filme bastante aguardado e que vale muito a pena. Antes de mais, Margot Robbie cresceu imenso enquanto atriz, pese embora tenha achado uma certa rigidez nas cenas mais agressivas com Allison Janney. No entanto, em termos gerais posso dizer que há uma notória evolução no seu percurso. O resto do elenco também está de parabéns e é claro que Sebastian e Janney também deram o corpo ao manifesto e entregaram tudo o que as personagens pediam.

A história está extremamente apelativa e, no final, em comparação com imagens reais da patinadora, é muito engraçado notar que Margot fez muito bem o seu trabalho de casa. As expressões corporais e faciais estão lá e são iguais às da real Tonya Harding.

A realização a cargo de Craig Gillespie e o argumento por Steven Rogers, fazem com que esta obra seja um must-see e especialmente por ser uma biografia bem contada, com momentos de humor e de drama posicionados nos timings certos. A cereja no topo do bolo é mesmo a banda sonora, por demais espetacular, e que, sem dúvida, adiciona bastante carácter às cenas. Se esta semana tiverem pouco tempo livre na vossa agenda, ao menos que o aproveitem a ver este filme. Prometo que não se arrependerão.


Nota final: 5/5

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