Review | Midnight in Paris (2011)


Escrito e realizador por Woody Allen, bem vindos a Paris, a cidade do amor ou, para Gil - a personagem principal, a cidade que é mais bonita debaixo da chuva.

Bem sei que é um filme antigo mas acreditam que só vi esta delícia ontem pela primeira vez? Não foi a minha primeira vez na obra de Allen, sendo que já me familiarizei com o realizador em Irrational Man do qual gostei bastante. Daí que também não tenha estranhado o facto de ter gostado muito muito do filme que vos trago hoje.
E é sempre bom relembrar, não acham?
Com certeza sabem do que a narrativa fala - porque devo ser a única pessoa que viu o filme ontem -: Gil (Owen Wilson) e Inez (Rachel McAdams) estão de visita a Paris. Ele apaixona-se pela cidade e ela... Distrai-se com os amigos Paul (Michael Sheen) e Carol (Nini Arianda). No meio disto tudo, Gil consegue regressar a tempos passados, após as baladas anunciarem a meia-noite, e encontra imensas figuras históricas que admira e com as quais vai estabelecendo relações.
Deixem-me falar da cinematografia que capta tão bem o espírito romântico de Paris, mencionando a palete de cores com os quais somos brindados, assim a roçarem o meio alaranjado. Eu cá senti-me quentinha e confortável (esquisito, certo?).
A relação entre o casal principal é bastante interessante porque é simplesmente péssima. Mas é isso que confere, também, conteúdo ao filme pois este tópico é o que permite ao protagonista explorar cada vez mais território que lhe é estranho.
Apesar de sentir que a obra acaba de forma satisfatória, também não consigo deixar de pensar que se me fosse dado mais algucoisinha, ficaria melhor servida. Apesar, claro, de acabar de uma forma bastante poética e absolutamente relacionada com o que nos é passado por Gil. Mas, sei lá, é como acabar o cocktail a meio e não ter tempo de o saborear completamente até ao fim.
De resto, é um filme leve que se vê num estado de adoração: Paris é uma cidade maravilhosa e gostei da história original que foi criada. Apesar de não ser a maior fã de Wilson gostei muito da sua interpretação. Rachel trouxe um bocadinho da bitchness de Regina George em Mean Girls o que conferiu uma grande improbabilidade ao casal (necessária por sinal). Já agora, queria louvar a escolha do elenco pois vê-se muitas caras conhecidas e de forma inesperada. Por norma, um bom elenco resulta num filme medíocre mas, felizmente, estamos perante um exemplo bastante equilibrado. Assim, gostei muito da performance de Marion Cotillard, embora me tenha ficado na memória Hemingway (Corey Stoll) e Dalí (Adrien Brody).

Nota final: 3/5

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