Review | The invitation (2015)


Fãs do género de terror acusem-se.
Este é para vocês.


Aconselharam-me este filme e, bom, ainda bem que o fizeram. Mas tenham em atenção: estamos perante um caso de slow burn, ou seja, a narrativa desenvolve-se tarde e de forma lenta, o que não quer dizer que devam passar logo para o final porque senão perderiam uma boa dose de loucura e tensão.

Quanto à história, Will (Logan Mashall-Green) e Kira (Emayatzy Corinealdi) vão a um jantar de amigos em casa da ex-mulher de Will (Eden, Tammy Blanchard) que está agora com David (Michiel Huisman). Logo desconfia que algo de estranho se passa e que a nova dupla tem planos sinistros para os seus convidados.

Primeiro que tudo, queria apontar para o facto deste filme já valer a pena porque conta com Logan e Michiel no seu elenco. Aparte deste pormenor (nada insignificante), estamos perante uma história bem construída que acaba com um grande efeito wow. Na verdade, sinto que o final é mesmo a melhor parte de toda a obra.

O ambiente soturno ajuda a construir a atmosfera de desconfiança onde aquilo que parece... Não o é. Na verdade, o filme foi gravado com uma tenda à volta da casa para que pudesse estar sempre escuro (a ação passa-se durante um jantar, lembram-se?) e a realizadora Karyn Kusama (que tem no seu currículo Aeon Flux e Jennifer's Body) trabalhou com uma violinista para construir a trilha perfeita para este projeto. 

Em The Invitation podem contar como uma iniciação ao tópico dos cultos e, caso vos interesse, acho que não tenho que vos dizer mais nada para vos convencer a ver este filme, pois não? De qualquer das formas, é uma obra que vale muito a pena e é um terror muito pueril. Centra-se nos defeitos do ser humano pelo que o factor assustador é 100% psicológico (não há fantasmas nem demónios nem possessões!).


Nota final: 3/5

Mensagens populares