Review | Evil Dead (2013)


Alguém por aí com uma má disposição? A precisar de vomitar para aliviar a azia? Ou a bebedeira? Anyways, tenho o filme perfeito para o efeito: Evil Dead é nojento e impressionante e não poupa estômago a ninguém. Mas também sei que mo venderam como um filme de terror e, bom, dependendo dos gostos poderá ser bom ou mau.


Estamos perante uma premissa muito simples e já mais que vista e revista e gasta nos entretantos: um espírito apodera-se do corpo de uma miúda que depois anda a vomitar líquido nojento para a cara das pessoas e depois estas também ficam a modos que "possuídas" e depois "bem, se calhar temos que matar a gaja que deu origem a isto tudo" e surpresa! (não), no final toda a gente morre ou é possuído ou os dois (desculpem mas é mesmo bastante previsível que tal aconteça). Como senão bastasse, o contexto ainda é mais parvo: um grupo de amigos junta-se numa cabana para ajudar Mia (Jane Levy, que entrou também em Nem Respires) a lidar com um problema de drogas. Sim, porque toda a gente sabe que o sítio ideal para lidar com este tipo de tópicos é a porra de uma cabana no meio de nenhures...

Depois de um filme tão bem conseguido como Don't Breathe, fiquei com as expectativas elevadas para Fedez Alvarez, mas o realizador é claramente melhor no suspense do que no terror. Não quero que pensem que este é um filme fácil. Porque não é. Mas apenas pelo grau de nojice a que se propõe (muito alto). Uma pessoa mais novata nestas andanças ou mesmo mais susceptível poderá não reagir muito bem a algumas cenas. 

E com isto quero dizer que alguém acabará na casa de banho a vomitar.

Este filme é um remake cujo original é de 1981 e sobre o qual Stephen King fez questão de dizer, na altura, que era um filme do caraças. Bom, talvez deva, então, assistir ao original e deixar os remakes de lado. No entanto, a título de curiosidade, os produtores são os mesmos em ambos as versões. Apesar de ambos terem boas críticas, o original é considerado um filme de culto e como um dos melhores filmes de terror de sempre. Se for muito muito similar ao que vi consigo perceber o porquê embora, claro, a título pessoal, não sejam bem a terror que goste e procure.

Em jeito de remate final, tenho que dizer que Evil Dead tem os elementos necessários para que seja minimamente assustador e obviamente que conta com uma boa dose de efeitos ali pelo meio, juntando toda uma equipa de caracterização responsável pelos cortes e coisas que tal, que obras deste género tanto requerem e precisam. E, já agora, o final é tudo o que podem esperar sendo o maior caos sangrento que estes dois olhos já testemunharam (e olhem que eu já testemunhei muita coisa). É um filme perturbador e sem dúvida que gostava muito de saber como é que algumas cenas foram gravadas (porque são mesmo impressionantes). A banda sonora desempenha um papel muito importante e, presente nos momentos certos, a verdade é que podem contar com aqueles gemidos aterrorizantes que qualquer obra do género costuma ter bem como aqueles cânticos esquisitos e assustadores. É quase que requisito obrigatório, bem sabemos. Mas que aquilo resulta e cria a atmosfera certa ninguém duvide. 

Agora... Se vale a pena? Talvez para quem se quer deixar impressionar. Para quem gosta mais de um terror psicológico (como eu) pode deixar este trabalho para outra altura e procurar uma coisa mais complexa. Conselho de amiga!


Nota final: 2/5

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