Review | Baywatch (2017)


Baywatch tinha tudo para correr mal. E, bom, não correu propriamente mal. Mas é um filme que não convence e que se boicota a ele próprio porque não é propriamente uma obra de arte e mesmo tendo as expectativas baixas, ainda assim é tão esquecível que nem sei por onde pegar.


Primeiro que tudo, as personagens são só clichés atrás de clichés: temos Mitch Buchannon, uma espécie de super estrela da praia devotado por todos, temos jovens lindas e boazonas sem uma grama de celulite (é claro que não estou com inveja nenhuma!), temos o rapaz esforçado que entra na equipa apenas porque é a terceira vez que se tenta juntar e num ato de generosidade é aceite (?), e depois temos Matt Brody (Zac Efron) que tem de tão giro (porque, you know, é o Zac) como tem de burro (enfim). 

No início existe uma picardia entre Matt e Mitch porque o primeiro se acha um Deus e o segundo acha-se outro Deus. E que eu saiba já existem guerras suficientes causadas apenas pelas crenças num, imaginem quando é um contra outro. Estas diferenças terão que ser postas de lado porque Mitch acredita em fazer mais do que o trabalho de um simples salva-vidas e mete-se com laivos de polícia e investigador. Assim, quando começam a surgir indícios de tráfico de droga, a equipa quer resolver o assunto. É claro que isto está conectado com a lindíssima Victoria Leeds (Priyanka Chopra) que é uma vilã muito pouco convincente. De facto, estamos perante uma comédia e quando estas se tentam misturar com ação, a coisa dá sempre para o torto porque a parte má do elenco é só ridícula e bem sabemos o quanto isso retira de credibilidade às personagens e à situação.

É claro que pelo meio se tenta dar algum tempo de antena a possíveis romances mas são tão previsíveis quão impossíveis (perceberão porquê).

Nos créditos surgem os míticos nomes de David Hasselhoff e de Pamela Anderson mas, para o tempo que surgiram no ecrã, mais valia nem terem posto os seus nomes. David aparece apenas para endireitar a vida de Mitch e Pamela aparece para dar o seu ar de graça, não havendo, sequer, qualquer tipo de fala (e aposto que ainda arrecadou qualquer coisa só por 5 segundos de atenção).

No final tudo acaba bem, os mauzões são derrotados e a equipa fica toda feliz na sua praia, etc etc. Honestamente, os bloopers que aparecem no final são bem mais engraçados que o filme TODO.


Nota final: 1/5

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