Colette (2018)


Colette foi uma autora francesa bastante conhecida e considerada à frente no seu tempo. Keira Knightley veste a sua pele nesta drama biográfico ao lado de Dominic West (Willy) que faz de seu marido esticando-se um pouco na arte da vilania também.

Willy é um autor bastante conhecido e começa a explorar a sua companheira, Colette, para que ela escreva para si. A sua sensibilidade e talento são bastante maiores e Willy começa a ganhar uma reputação que não lhe é merecida. Colette está bem com a situação até que se apercebe que está  algo oprimida e tenta mudar a sua condição. Ser obrigada pelo seu marido a escrever não é propriamente a situação ideal e muito menos tendo em conta que ambos começam uma série de livros com tremendo sucesso em França. O que acontece, então, é que Colette decide tomar as rédeas da sua vida num ato inspirado de libertação feminista o que, só de si, é bastante transformador.

Keira e Dominic oferecem interpretações bastante consideráveis, nesta história extremamente bem conseguida e cativante, com uma exploração muito interessante não só das personagens mas também dos seus contextos e até mesmo de uma suposta bissexualidade de Colette (por certo cativei-vos agora com este pormenor).

Colette é realizado por Wash Westmoreland que, para quem não sabe, foi o responsável por Still Alice (claramente alguém tem um fraquinho por uma predominância feminina nos seus filmes). É uma obra que vale a pena, sendo simples e honesta nos seus objetivos, com uma mensagem de amor e liberdade que não passarão despercebidos.


Nota final: 3.5/5



Mensagens populares