Bad Samaritan | Mau Samaritano (2018)


Bad Samaritan parece um trabalho de primeira vez para o realizador Dean Devlin. É de surpreender que, no entanto, assim não o seja. Dean tem estado ligado a diversos filmes mas em modo produtor e podemos perceber porquê: porque para realizador o senhor não tem jeito algum.


Em termos de premissa, não há nada que não seja expectável mas assume contornos tão irreais que pensamos estar perante um trabalho bastante amador. 

O que, a bem dizer, não está longe da verdade.

Sean Falco (Robert Sheehan) é um part-time ladrãozeco (chamemos-lhe assim) que, uma noite, tem a infelicidade de descobrir uma rapariga amarrada, Katie (Kerry Condon), numa casa pertencente a um rico snobe e mal educado de nome Cale Erendreich (David Tennant). Este último é claramente um tipo maníaco e psicótico que rapidamente consegue detetar que a sua casa foi invadida. Daí a conseguir perceber quem lha arrombou é um instante (óbvio) e para lha estragar também é um pulinho (ainda mais óbvio). O facto de Sean ser um tipo com cadastro em nada lhe favorece a história quando ele recorre à polícia e depois ao FBI. Mas, sem grandes surpresas, a coisa lá se resolve.

Esta obra parece mais um ensaio experimental, muito à base de "vamos lá ver se isto resulta" e pronto. Não resulta. Desde a história que pouco convence, à terrível banda sonora, ao trabalho de câmera... Enfim, um desastre.

Salva-se David Tennant que faz um papel de maluco tão genuíno que eu tenho quase a certeza que ele recorreu a alguma faceta da sua personalidade para conseguir tal proeza. De resto, é cliché atrás de clichés. Mau Samaritano recorre a truques antigos e parece que me levou há uns 10 anos atrás, apresentando uma vibe vintage, por ser impossível alguém em pleno 2018 achar que devia ter pegado em algo deste género. Há 10 anos, tal seria aceitável. No presente, não. No entanto, que entretém, lá isso ninguém lho tira.


Nota final: 1/5

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