Review | The Edge of Seventeen (2016)


A adolescência por certo não é fácil para ninguém mas se querem um filme levezinho e divertido mas com uma grande dose de dramatismo então continuem por aí.


Escrito e realizado por Kelly Fremon Craig, estamos perante Nadine que vê a sua melhor amiga, Krista (Haley Lu Richardson) e o seu irmão Dairan (Blake Jenner) começarem a namorar. Não são de todo as melhores notícias já que ambas sempre foram muito dependentes uma da outra. No meio do desamparo e rejeição sentidos, Nadine mantém uma estranha relação com o seu professor Bruner. Ambos odeiam-se mas, curiosamente, é a ele que a moça recorre frequentemente. Na verdade, Mr. Bruner é o atípico professor. Dá respostas que desarma qualquer um e parece impersonar o demónio de qualquer adolescente porque ele simplesmente não quer saber. Quando Nadine lhe confessa que está a planear suicidar-se, bom, por certo não obterá a resposta com que contava. E, lamento dizer, daqui surge todo o encanto que a personagem de Woody Harrelson tem. Ao mesmo tempo, surge um súbito interesse romântico com Erwin (Hayden Szeto) na vida de Nadine o que a mantém ocupada.

Antes de mais devo congratular Hailee Steinfeld que desempenha o papel principal e fá-lo de forma tão rigorosa que no meio de tanto dramatismo, confesso que me apeteceu desatar-lhe ao estalo. Ainda que possa ser fácil empatizar com a sua personagem, por vezes é mesmo demasiado e pode frustrar a alminha mais calma da sala. Contudo, de modo geral, o elenco desempenha tudo o que de si é esperado. Mas se Nadine é uma personagem por demais irritante, o que dizer da sua mãe Mona (Kyra Sedgwick) absolutamente dependente dos filhos para tudo... Sim, eu sei que disse que era uma filme ligeiro e é-o mesmo mas as personagens são, bem, intensas. 
Posto deste modo, The Edge of Seventeen foca-se numa fase de vida bastante problemática e confere-lhe a seriedade e a ligeireza necessárias para que resulte num bom produto final. Vale a pena e é surpreendentemente interessante.


Nota final: 3/5

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