Review | Darkest Hour (2017)

"Success consists of going from failure to failure without loss of enthusiasm"


Darkest Hour chegou e venceu. Mais não seja pela quantidade de prémios que poderá vir a arrecadar.


A narrativa desta história centra-se na altura em que Churchill foi o primeiro-ministro do Reino Unido durante a II Guerra Mundial. Conhecido pela sua forma de lutar e de não baixar os braços, bem como a sua resistência em negociar com Hitler passando pela operação Dynamo na qual mais de 300 mil soldados foram resgatados, todos estes momentos são retratados no filme. Assim sendo, estamos perante um drama biográfico sobre a vida de uma pessoa com tremendo impacto na saúde de uma nação.

Presumo que não seja fácil contar uma história deste calibre. O realizador Joe Wrigh, aliando-se ao argumentista Anthony McCarten, faz um brilhante trabalho pese embora possa haver alguma relutância em ver mais um filme que retrate a vida de Churchill. Posso, no entanto, assegurar-vos que não se arrependerão de ir ao cinema por causa deste em particular. De um modo geral, parece-me impossível não gostar do argumento e do tópico que este aborda. A obra move-se a um bom ritmo, cadenciada por uma banda sonora que muito bem a acompanha ao longo de 125 minutos.

Em termos de elenco, estamos perante uma escolha principal bastante notável e que merece todo o destaque possível. Estou a falar, claro, de Gary Oldman que faz um trabalho daqueles. Não me espantaria, sequer, que ele arrecadasse o Óscar de Melhor Ator Principal, mais não fosse como reconhecimento da transformação física e modulação de voz, que o aproximaram bastante da postura da personagem real retratada. Mesmo que o perca, felizmente, não fica de mãos a abanar pois já levou o Golden Globe para casa.

Gary Oldman / personagem do filme /Winston Churchill

Do restante elenco fazem parte Kristin Scott Thomas (Clemmie) como mulhar de Churchill e Lily James (Elizabeth Layton) que facilmente passa despercebida perante outras atuações, nomeadamente Ronald Pickup (Neville Chamberlain) e Stephen Dillane (Halifax), que estão mais preocupados em tirar Churchill do poder para que o possam substituir. A par com a linha de pensamento principal, esta vem acrescentar um certo imbróglio e tensão; convém não nos esquecermos que cinema é cinema.

A par com Dunkirk de Christopher Nolan, estes dois filmes para além de serem espetaculares a nível cinematográfico, são bastante educativos e podem ser vistos como complementares, razão pela qual vale muito a pena reservarem uma tarde para os ver. Se precisarem de mais razões, adiciono a boa realização de ambos e a fotografia de Darkest Hour.


Nota final: 5/5

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