Review | The Commuter (2018)

Liam Neeson é, para mim, o ator principal de Taken e por aí se ficou nesta minha cabecinha pensadora. Assim sendo, com isto quero dizer que não estou, de todo, familiarizada com a sua extensa carreira e para mim há uma associação imediata entre as palavras "Liam Neeson" e o "tipo-que-anda-sempre-atrás-de-alguém". Mas parece-me a mim que Nesson é um tipo que já devia ter mais do que três dedos de testa para o antecipar de possíveis flops evitando-o, assim, deste constrangimento cinematográfico. Porque, bom, a coisa é muito má.
É engraçado que se possa conceber algo a partir de zero imaginação mas o argumento é cliché atrás de cliché, é expectável que dói, retirando grande parte da piada ao ato em si de ver o filme, e tenho para mim que é, também, um desperdício das capacidades de Liam. De qualquer das formas, sou fã da Vera Farmiga e os poucos minutos que ela entra fazem o filme todo. Mas bom, nem mesmo Farmiga salva uma coisa destas.
Michael (Neeson) apanha o seu comboio todos os dias para ir para o trabalho e num dia, de regresso a casa, é interpelado por esta bonita jovem (vocês sabem quem é) a qual lhe faz uma pergunta hipotética que, muito rapidamente, ele se apercebe que de irrealista tem muito pouco. É-lhe pedido que encontre "Prynne" o qual o fará levar uma boa maquia para casa. É claro que é apenas pura coincidência que Michael seja despedido nesse dia e os problemas financeiros da família piorem a cada dia que passe. Por isso, estando o contexto explorado, inicia-se uma perseguição por uma pessoa que ele não sabe quem é. Mortes pelo meio, tiros pelo meio e alguma tensão pelo meio. Mas onde é que já vimos isto? 
Hum, em todo o lado? Não há nada de inovador na história, as interpretações são mais baseadas na estamina de cada um do que propriamente os diálogos estabelecidos entre personagens e, no final, o bem ganha e parece que se abre ali uma frincha para uma potencial sequela.
Patrick Wilson (Alex Murphy) também entra e é muito esquisito vê-lo no mesmo filme que Vera sem que façam de casal. De qualquer das formas, isto só vem comprovar que por mais que um elenco seja até bastante razoável, isso não quer dizer que a obra que presenciem valha o preço do bilhete. Que não vale. The Commuter estreia amanhã nas salas de cinema portuguesas.
Nota final: 1/5

Mensagens populares